2 de mar. de 2009

Histerese AV, exploratória ou repetitiva, qual a melhor ?

O Anderson fez um questionamento a respeito da Histerese, com as duas modalidades scan (exploratória) e repetitiva.

Na visão do Anderson haveria uma que seria mais interessante que a outra para um determinado tipo de paciente.

Inicialmente, temos que conceituar bem os termos:

- Paciente não tem intervalo AV, no coração este intervalo de tempo é chamado intervalo PR, E no marcapasso, intervalo AV.

- Talvez outras pessoas possam classificar que histerese repetitiva seria melhor para um paciente e pior para outro, o mesmo acontencendo com a exploratória. No meu ver as duas são apenas parte da mesma função, e servem apenas para um tipo de paciente:

Paciente com tempo de condução PR, maior que o normalmente programado nos mps.



A repetitiva procura manter mais alguns intervalos AV "alargados" após um eventual ausência de "Sense" ventricular. Com isso realmente, as eventuais "falhas" de atividade intrínseca do ventriculo não encurtariam (automaticamente) o intervalo AV para o valor normal programado.
Aguardando alguns ciclos de intervalo básico, para que isso acontecesse.

A exploratória buscaria após um grande número de AVs básicos (AxVp), gerar artificialmente um alargamanto do AV para o valor da Histerese, na "esperança" que o "apareça" ritmo próprio ventricular.

Na prática tudo se basea no fato que se estamos estimulação, temos uma grande chance de inibir o ritmo intrínseco do paciente, no caso do ritmo ventricular próprio do paciente. E se aguardamos "um tempo" aumenta a chance de ritmo próprio.


Na minha visão o único paciente que se beneficiaria disto seria aquele que tiver um intervalo PR alargado.
Os intervalos PR maiores que 200 ms (ou um pouco mais que isso) já constituem bloqueio de primeiro grau, e aí fica a questão: vale apena alargar este intervalo de tempo mais ainda, gerando um bloqueio de 1o grau ?

Outro assunto que precisaria (da minha parte) um estudo melhor é a seguinte questão:

- quanto maior o intervalo AV programado, maior a chance do paciente desenvolver uma arritmia por reentrada ventricular ou em nível de nódulo AV. Seria este o outro lado da moeda de termos um AV aumentado para permitir uma condução intrínsica. Fica a necessidade de verificar nos estudo qual a incidência deste problema no universos de pacientes com AV/Histerese.

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