26 de ago. de 2010

Marcapasso do Futuro (?)

http://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=marcapassos-laser&id=5641

25/08/2010

Marcapassos a laser regula batimentos cardíacos com luz

Redação do Diário da Saúde
Marcapassos a laser regula batimentos cardíacos com luz
A ideia de usar o laser infravermelho pulsado em um coração embrionário veio da leitura de um artigo científico pouco conhecido, publicado nos anos 1960. [Imagem: Michael Jenkins]

Ritmo de luz

Não são apenas exercícios físicos e estar apaixonado que têm potencial para acelerar o coração - um feixe de raio laser também, acabam de descobrir cientistas das universidades Case Western e Vanderbilt, nos Estados Unidos.

Naquilo que poderá se transformar em uma tecnologia revolucionária para uma nova geração de marcapassos, os cientistas conseguiram induzir contrações musculares no coração de cobaias, sem danos para o tecido cardíaco, aplicando-lhe pulsos de laser.

Os resultados foram publicados na revista Nature Photonics.

Defeitos congênitos no coração

Segundo os cientistas, este dispositivo não-invasivo poderá se transformar em um instrumento importante para a compreensão de como fatores ambientais que alteram os batimentos cardíacos de um embrião podem levar a defeitos congênitos.

Ele também pode ajudar nas pesquisas de eletrofisiologia cardíaca ao nível das células, do tecido e do órgão. E, possivelmente, ao desenvolvimento de uma nova geração de marcapassos.

"Os mecanismos por trás de muitos defeitos congênitos não são bem conhecidos. Mas, há uma suspeita de que, quando o coração embrionário bate mais lento ou mais rápido do que o normal, isto altera a regulação genética e altera o desenvolvimento," diz Michael Jenkins, coautor da pesquisa.

"Se conseguirmos controlar o ritmo com precisão, poderemos descobrir como estrutura, função e expressão gênica trabalham em conjunto," diz Watanabe Michiko, outra membro da equipe.

Como o laser faz o coração bater?

A ideia de usar o laser infravermelho pulsado em um coração embrionário veio da leitura de um artigo científico pouco conhecido, publicado nos anos 1960, quando cientistas verificaram que a exposição contínua à luz visível acelerava o ritmo cardíaco de um embrião de galinha.

Por outro lado, Eric Jansen, que participou da pesquisa, já havia usado um laser infravermelho para estimular nervos.

Eles, então, levantaram a hipótese de que a luz infravermelha pulsante poderia a estimular um coração embrionário.

Os cientistas acreditam que os pulsos de luz infravermelha criam um gradiente de temperatura no tecido do coração, abrindo canais iônicos em cascata ao longo de uma célula do coração. Este efeito dispara impulsos elétricos em larga escala, que fazem o coração contrair.

Marcapassos infantil

A pesquisa ainda está no início, "mas acreditamos que isso tem implicações interessantes, especialmente se pudermos alcançar os mesmos resultados no coração de adultos," dizem eles.

O grupo já começou esta nova etapa da pesquisa, fazendo agora experiências com tecido cardíaco de adultos, para determinar se o laser pode ser utilizado como um marcapasso implantável ou para manter o ritmo cardíaco de adultos durante uma cirurgia ou outro procedimento clínico.

Para Watanabe, a descoberta poderá permitir o desenvolvimento de um marcapassos para crianças e bebês, ou mesmo para um feto ainda dentro do útero.

No entanto, muitos estudos deverão ainda ser feitos para avaliar se o mecanismo vai funcionar e se será seguro.

Em corações de crianças ou jovens, o uso de eletrodos - que é a técnica convencional, que usa os fios para levarem eletricidade e controlar o ritmo do coração - pode causar danos e o uso a longo prazo dos marcapassos tradicionais pode levar à insuficiência cardíaca, explica a Dra. Watanabe.

27 de jan. de 2010

Outra aplicação recente e diferente para o marcapasso...

HBDF faz procedimento inédito para tratar cefaleia

19/01/2010 - 09:19:14


Um procedimento inédito no país foi realizado na tarde da última sexta-feira, 15, pela equipe da Neurologia do Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF). Trata-se da colocação de um marcapasso no cérebro de uma paciente que sofre de cefaleia em salva – um tipo raro de enfermidade que acomete mais os homens e provoca dores lancinantes na cabeça.

A implantação do marcapasso já é um procedimento utilizado para tratar o mal de Parkinson e algumas dores neuropáticas com sucesso há vários anos, mas é pouco usada para o tratamento da cefaleia em salva. Os casos tratados até agora apresentam índice de 80% de sucesso. A primeira cirurgia desse tipo no Brasil foi feita pela equipe chefiada pelo neurocirurgião Luiz Claudio Modesto Pereira, que está há 15 anos no HBDF.

A paciente que recebeu o marcapasso é uma dona de casa de 34 anos, moradora de Formosa, Goiás. O caso dela está entre os 5% que não respondem a nenhum tipo de tratamento, seja com medicamentos ou pequenas cirurgias como a cauterização do nervo trigêmeo e do esfenopalatino – ambos localizados na face. Esse tipo de cefaleia afeta um número reduzido de pessoas, uma a cada dois milhões de habitantes.

O marcapasso cerebral e o procedimento utilizado são semelhantes ao usado para os pacientes com o mal de Parkinson. “A principal diferença é quanto à região onde será colocado o dispositivo”, ressalta o médico. Segundo ele, o eletrodo deve ser instalado no hipotálamo – área responsável pelo sistema neurovegetativo, que comanda as funções involuntárias do corpo.

A cirurgia durou seis horas e a paciente reagiu bem ao procedimento. De acordo com o neurocirugião, ela deve permanecer internada alguns dias para ser submetida a um exame de ressonância magnética – que verificará se o eletrodo está fixado no local devido. O dispositivo só será ativado após uma semana de sua implantação. “Temos que aguardar alguns dias para o cérebro da paciente se recuperar, então ligamos o marcapasso e saberemos se a cirurgia deu certo”, informa Luiz Claudio.

A enxaqueca pode levar uma hora para atingir o pico da dor. Na cefaleia em salvas esse pico é atingido em cinco minutos. Os sintomas são típicos e inconfundíveis. É uma dor pulsátil, violenta, unilateral que se manifesta num dos olhos, na órbita ou no fundo do olho. Na região comprometida ocorre queda da pálpebra, congestão ocular, obstrução nasal, coriza e o olho fica vermelho e lacrimejante.

Tiros de canhão

A enxaqueca em salva surge aleatoriamente. É uma crise que vem e passa, embora possa reaparecer noutro momento. As crises vêm agrupadas e são diárias (de uma a oito por dia) durante um período que vai de dez dias a três meses. Esse agrupamento de crises desaparece de repente e pode demorar bastante para manifestar-se de novo o que acontece de uma hora para outra e sempre com as mesmas características de concentração. Daí a sua associação com as salvas de tiros de canhão que, em determinadas ocasiões, interrompe o silêncio, dá 21 tiros e silencia outra vez.

As primeiras cirurgias deste tipo começaram a ser feitas na Espanha e na Itália na década de 1990. Atualmente também é realizada em países como Estados Unidos e Canadá. Aliás, foi no Canadá que o médico do HBDF cursou especialização em Toronto e aprendeu a técnica.

Secretaria de Saúde

13 de jan. de 2010

Ijuí a nova fronteira...

Primeira semana de atendimento SUS no Instituto do Coração é considerada um sucesso
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A equipe do Instituto do Coração fez uma avaliação positiva desta primeira semana de atendimento pelo Sistema Único de Saúde-SUS. Na terça-feira uma senhora de 52 anos, residente em Ijuí, fez um cateterismo cardíaco. Segundo o médico hemodinamicista, Leonardo Zanatta, a paciente sofreu infarto e foi encaminhada imediatamente para o serviço de hemodinâmica, que apontou um diagnóstico preciso e ela recebeu tratamento clínico a nível de UTI, sem necessidade de cirurgia cardíaca ou angioplastia. Na quinta-feira, uma paciente de 77 anos, moradora da linha Floresta, interior de Ijuí, foi operada pelo médico cirurgião cardíaco Dante Thomé da Cruz, que colocou um marcapasso, um aparelho eletrônico (gerador) que produz estímulos elétricos com o fio de comunicação, que leva estes estímulos ao coração para garantir os batimentos cardíacos. O gerador ou marcapasso fica próximo ao ombro, embaixo da pele.

Na sexta-feira, um paciente de 47 anos, também de Ijuí, chegou ao Pronto Socorro com sintomas de infarto e prontamente recebeu atendimento no serviço de hemodinâmica. Depois de passar por um cateterismo foi identificado um comprometimento na coronariana direita e o médico Leandro Bazzanella realizou uma angioplastia coronariana, para desobstrução das artérias. "Conseguimos realizar um bom trabalho e os três procedimentos foram bem conduzidos e os pacientes passam bem, estão fora de perigo. Com certeza, não havendo a necessidade de deslocamento até Passo Fundo, como ocorria anteriomente, as chances de tratamento adequado são maiores ainda", avalia o médico responsável pelo serviço de hemodinâmica, Dr. Leandro Bazzanella. Também estiveram na equipe, os médicos Leonardo Zanatta e Dante Thomé da Cruz, as enfermeiras Luciane Bianchi e Fabiana Schenckel e os técnicos de enfermagem Jairo da Silva, Elisangela Vettorato, Cleci Portolan e Andréia Hendmann e a instrumentadora do bloco cirúrgico, Vivian de Souza.


24 de nov. de 2009

A doença de Chagas e o marcapasso

Texto retirado da Internet: http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/2009/11/17/morte+de+charles+darwin+pode+ter+sido+provocada+por+doenca+de+chagas+9115186.html.


Sergio Andreu. Barcelona, 16 nov (EFE).- No ano do bicentenário de Charles Darwin (1809-1882), historiadores investigam novos indícios que relacionam a insuficiência cardíaca com a Doença de Chagas, patologia que o estudioso contraiu em uma viagem à América do Sul.

Darwin, autor da teoria "A origem das espécies" (1859), conviveu durante toda a vida com as seqüelas da patologia parasitária, transmitida pela picada de um percevejo (o barbeiro) - portador do parasita Trypanosoma cruzy, causador do mal de Chagas - quando percorria El Chaco argentino em 1834.

Tanto a picada quanto os sintomas posteriores, que agora acreditam esteja relacionado com o Chagas, foram registrados no diário de saúde que o hipocondríaco Darwin utilizou durante a viagem a bordo do Beagle - uma expedição marítima de levantamento topográfico que participou a partir de 1831.

Essa viagem, por sinal, marcou a vida do naturista e da ciência, já que foi a base da revolucionária teoria evolucionista, explica à Agência Efe, Jordi Serrallonga, pesquisador do Parc Científic de Barcelona.

A Doença de Chagas (descrita pela primeira vez há um século por Carlos Chagas) era originariamente uma patologia endêmica das regiões rurais pobres da América Latina (onde há 15 milhões de pessoas infectadas e 100 milhões com risco de contágio), e que com o passar dos anos foi estendida a outros continentes como consequência da migração.

Na fase aguda, na qual pode ocorrer a morte do infectado, a doença pode ser às vezes assintomática.

Na fase crônica, que atinge quase 40% dos infectados, a doença se manifesta com fortes dores no aparelho digestivo, complicações neurológicas e problemas cardíacos.

As complicações cardíacas, por sua vez, podem levar o doente à morte.

Atualmente, a sobrevivência pode ocorrer com a utilização de um marca-passo ou com um transplante, explica Joaquim Gascón, pesquisador do Centro de Barcelona para a Pesquisa Internacional da Saúde (CRESIB, na sigla em inglês) e coordenador do consultório da patologia do Hospital Clinic.

O Chagas, que provoca inflamação dos tecidos do coração e do esôfago, é uma doença silenciosa que pode ser letal se não se detectada a tempo e cujos tratamentos não são efetivos totalmente, a não ser que seja detectada nos primeiros anos de vida.

Na Espanha, a doença cresceu rapidamente e hoje atinge 68 mil pessoas, a maioria cidadãos latino-americanos e espanhóis que viveram naquele continente, "do México a Argentina".

Na Espanha, existe um número elevado de pacientes em tratamento, o que torna esta a "patologia importada que mais relevante no país", que contrasta, por exemplo, com os 400 casos de malária anuais registrados, explica Gascón, que, na companhia de Serrallonga, participou nesta semana de uma assembleia organizada por "CosmoCaixa" com o título "Quem matou a Darwin? Como não existe o inseto vetor na Espanha, a Doença de Chagas só pode ser transmitida por meio de transfusões de sangue, transplantes de órgãos de pessoas com a doença e de mães para filhos (algo que ocorre em 7% dos casos).

Gascón ressalta que "se trata de um problema de saúde pública" e que um diagnóstico adequado e precoce ajudaria a prevenir futuros contágios e seqüelas na fase crônica.

Desde 2005 é obrigatório que os bancos de sangue façam testes de Chagas em todos os doadores do grupo de risco, da mesma forma que nos transplantes de tecidos e órgãos.

Embora a morte de Darwin por Chagas fosse uma possibilidade rejeitada por alguns cientistas porque o naturista anotou em seu diário que após a picada teve febre rapidamente, e esse sintoma não era associado ao mal.

Estudos recentes realizados pelo Clinic de Barcelona indicam que há casos nos quais sim é habitual este sintoma na fase inicial, afirma Serrallonga.

De fato, o próprio Darwin nunca acreditou que seus problemas de saúde após a viagem com o Beagle, que o mantiveram praticamente recluso em sua casa de campo até o final da vida, tivessem a ver com alguma doença contraída na aventura pela América do Sul.

Outras teorias acreditam que os problemas de saúde do biólogo inglês foram em muitos casos psicossomáticos. Conforme Serrallonga, no entanto, uma análise dos sintomas, sobretudo vômitos e náuseas - Darwin sempre tinha à mão uma bacia - indicam que o Trypanosoma cruzy corria por seu corpo.

Só uma análise dos tecidos do naturista, enterrado na Abadia de Westminster, solucionaria para sempre este enigma.

11 de nov. de 2009

Leis sem fundamentos científicos

Só podia ser no Rio de Janeiro:

04/11/09 - 17h19 - Atualizado em 04/11/09 - 17h19

Nova lei obriga desligamento de detector de metais para quem tem marcapasso

Opção dos estabelecimentos seria apresentar entrada alternativa.
Texto também obriga fixar aviso sobre interferências no aparelho.

Do G1, no Rio

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A partir desta quarta-feira (4), os estabelecimentos que tenham portas com detector de metais, dispositivos antifurtos ou outros dispositivos que provoquem interferências no funcionamento de marcapassos, estão obrigados a desligar o equipamento na presença de um portador do aparelho. A determinação é da Lei 5.570/09, sancionada pelo governador Sérgio Cabral e publicada no Diário Oficial do Poder Executivo desta quarta.

O autor da norma, deputado José Nader (PTB), ressaltou que a nova lei prevê como opção ao desligamento do detector encaminhar a pessoa a uma entrada alternativa. "É fundamental que as pessoas saibam da existência destes aparelhos para que evitem se submeter ao risco de sofrer alguma interferência", destacou o parlamentar.

A lei também obriga os estabelecimentos a afixar um aviso em local visível. O aviso deve conter os riscos à saúde dos portadores deste tipo de equipamento, causados pela interferência dos detectores nos marcapassos.

O Poder Executivo terá 90 dias para regulamentar a lei, que já entrou em vigor.

5 de nov. de 2009

Cálculo do ERI

O texto abaixo foi enviado pelo Raphael de São Paulo em resposta ao Flavio.





Segundo o pessoal de Berlim, nos 2/3 iniciais do tempo de serviço do marcapasso, a determinação do ERI é feita através de um cálculo (fuel gauge calculation) que leva em consideração fatores como a capacidade total da bateria, corrente consumida em cada pulso e programação do marcapasso.

No terço final do tempo de serviço, essa determinação de ERI passa a utilizar a impedância da bateria. Isto pode explicar as disparidades observadas no cálculo de ERI.

Philos SLR 75106817 – Edgar Siqueira

Implantado em 04/09/01

19/02/08 – 1 Y 2 Mo

17/09/08 – 0 Y 9 Mo

24/06/09 – 1 Y 1 Mo

Philos SLR 75148850 – Dioneia Gonçalves

Implantado em 18/07/02

20/08/08 – 1 Y 0 Mo

07/04/09 – 0 Y 5 Mo

30/06/09 – 0 Y 3 Mo